Tuesday, March 11, 2008

o Verbo e o Malefico - nota (1999?)

o mundo foi criado enquanto suicidio (falhado/adiado) de Deus - nesse sentido advinhamo-lo(nos) como eminente cadáver em decomposição

a Doxa é tanto uma propriedade do visível quanto da enunciação - o invisivel é uma ilusão temporal\temporária

"o que insulta deus louva-O" (Eckhart) - Item Deus ipsum blaphesmando Deum laudat

este género de paradoxos podem levar a frazes do género "quem incita ao crime combate-o"

a negação é o grande instrumento da paradoxa - é a vontade de refutação que torna as evidências estimulantes, quer antes, quer depois

uma opinião (Doxa) não se desenvolve: desembaraça-se

queremos opiniões desembaraçadas!

temos constatado que os jogos de linguagem se parecem com "jogos de linguagem", mas no fundo não são uma coisa nem outra - o que é que está em jogo?

os conceitos impõe-se para disfarçar "uma espécie" de vazio ou a incapacidade de vislumbrar a Doxa

a Doxa emerge no fim do streap-tease conceptual

"todo o demiurgo é diabólico - só o incriado (ou o incrível) não se degrada - só a potência é divina: todos os actos são maléficos" (Bhaaa!) - eis uma versão rigorosamente gnóstica das coisas

também se poderia dizer o contrário - "a potência é diabólica, só os actos (o Verbo) são divinos"

venha o Diabo e escolha

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